Os serviços tradicionais como conhecíamos sofreram mudanças nos últimos anos. Pedir comida, ir ao banco, locar um filme, ler as notícias, além de outras atividades corriqueiras agora possuem um novo conceito graças à tecnologia. Assim como a indústria passou por uma revolução e, agora vive a era da Indústria 4.0, a medicina também se beneficiou das novas facilidades e tornou realidade a Saúde 4.0. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o termo como o campo do conhecimento associado ao desenvolvimento e uso de novas tecnologias para melhorar a saúde.
Quer saber mais sobre o tema e como essa revolução pode ajudar a medicina? Continue a leitura.
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Saúde 4.0 no Brasil
O conceito abrange o uso das novas tecnologias e dispositivos eletrônicos para promover o aperfeiçoamento da saúde. A Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Big Data e Robótica são alguns dos recursos utilizados. Por mais que pareça algo distante da realidade, segundo a Healthcare Information and Management System Society (HIMMS), hoje o Brasil já conta com 9 hospitais com recursos 100% digitais. Um deles é o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Em 2012, a unidade obteve a Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde.
O Icesp eliminou a necessidade de prontuários em papel, o que reduziu o volume de impressões e de demanda por espaço físico para armazenamento. Os ganhos foram em economia, pois há menos gastos com papéis, impressoras e suprimentos, além de agilidade no atendimento, já que o prontuário eletrônico tem trâmite facilitado entre setores.
De acordo com conteúdo divulgado pelo site da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, outros pontos importantes para que um hospital seja considerado 100% digital são:
- Sistema que integre laboratórios e clínicas de exame de imagem;
- Construção de uma jornada digital para o paciente;
- Ferramentas de Big Data e BI para tomada de decisão;
- Possibilidade de disponibilizar resultados de exames online;
- Prescrição de exames informatizados;
- Integração com os demais departamentos do hospital;
- Prontuário eletrônico.
Saúde 4.0: dispositivos móveis
Os dispositivos móveis têm se caracterizado como aliados no cuidado com a saúde. Podemos citar os smartphones que, desde quando a telemedicina foi liberada no Brasil, em 2020, nos permitem consultar um médico em qualquer lugar. De acordo com uma publicação da revista científica Plos One, em julho de 2021, somente nos seis primeiros dias de pandemia no país, houve aumento de 800% na busca por consultas à distância.
Ainda entre os dispositivos que nos acompanham, os smartwatches e pulseiras fitness tiveram aumento na demanda de aproximadamente 35% no final de 2020, de acordo com dados da empresa de consultoria IDC. A estimativa é que no mundo existam cerca de 500 milhões desses wearables devices. Os aparelhos podem fornecer informações detalhadas sobre a saúde e o organismo do usuário como nível de oxigênio no sangue, monitoramento da qualidade do sono e possibilidade de realizar eletrocardiograma, todos esses dados poderão, em breve, ser compartilhados com um médico, para que assim possam ser úteis em exames, consultas e tomadas de decisões.
MilSênior e Saúde 4.0
Aqui, no MilSênior, trabalhamos para desenvolver novas tecnologias que favorecem a saúde coletiva. Em parceria com o SENAI/Cimatec de Salvador-BA, lançamos um sistema de inteligência artificial capaz de analisar imagens de exames do pulmão e direcionar um diagnóstico, o Projeto Radiografia Covid-19.
Para acelerar a criação de soluções para a saúde, também promovemos a inovação aberta por meio do Programa Simbiose Mil, em que empresas de tecnologia, institutos de ciência e tecnologia, grupos de pesquisa, estudantes, entre outros profissionais e organizações podem fazer parte de nosso ecossistema para, juntos, desenvolvermos soluções que promovam melhorias na saúde coletiva.
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Fontes:
Conselho Federal de Medicina (CFM)