Circunstâncias que ameaçam a saúde pública global, como o envelhecimento da população e cenários de pandemia, encorajam discussões mais profundas sobre a necessidade de reinventar e adaptar sistemas de saúde baseado nos pilares de flexibilidade, autonomia e foco no paciente. Nessa perspectiva, estudos apontam que abordagens tecnológicas são promissoras para otimização de indicadores sociais associados ao setor de saúde.
De fato, procedimentos de alta qualidade personalizados, um menor tempo de resposta, e instalações técnicas especializadas são pontos essenciais que não são resolvidos apenas aplicando as tecnologias de produção tradicionais. Para alcançar um cuidado centrado no paciente, profissionais de saúde necessitam utilizar tecnologias digitais, as quais são adaptadas de acordo com demandas específicas de cada indivíduo, promovendo um acesso flexível e envolvimento com sistemas e serviços. Para isso, tecnologias não substituem as interações humanas, mas facilitam a conexão daqueles que provêm e recebem os cuidados e serviços, focando no tempo e organização dos processos de saúde.
A Indústria 4.0 pode prover recursos e novas oportunidades para o cuidado dos pacientes focando em concepções inovadoras e dispositivos inteligentes para atender as diferentes necessidades com precisão e qualidade. O ramo pode desempenhar várias funções quando abordada no setor médico, como maximizar produtividade e gerenciamento de materiais, por meio do controle de processos precisos para cirurgias complexas, detectando informações do histórico familiar do paciente para auxiliar os profissionais da saúde, e embasando pesquisas médicas e desenvolvimento de produtos.
Esse sistema de saúde conectado digitalmente trabalha para melhorar os serviços prestados aos pacientes de modo a solucionar suas necessidades específicas com agilidade e qualidade. Neste sentido, a Saúde 4.0 utiliza e produz informações de forma mais consistente e eficaz e, com essa troca de informações, é possível identificar áreas de melhorias e permite, ainda, uma tomada de decisão mais assertiva. Este aspecto primordial direciona a uma análise otimizada, diagnósticos diferenciais, e respostas médicas mais ágeis, preditivas e inovadoras.
Por meio da aplicação dessas tecnologias, podemos pensar ainda em Prevenção 4.0, com o uso da captação de indicadores fisiológicos do paciente, como por exemplo a leitura cardíaca por smartwatches, ou ainda, a leitura de glicemia de pacientes com diabetes para tomada de ações mitigatórias de eventuais adversidades. Em suma, o lema da Prevenção 4.0 é se utilizar de todas as informações acessíveis pela tecnologia para prevenir e predizer possíveis quadros clínicos, sejam eles de doenças já existentes de modo a retardar e evitar o avanço dessas enfermidades, mas principalmente de possibilitar com que todos nós tomemos as melhores escolhas e ações a fim de evitar o aparecimento de quadros clínicos, sejam eles de predisposições baseadas no histórico familiar, ou ainda por meio da análise Big Data onde é possível identificar fatores da trajetória do avanço das doenças antes mesmo que ela se manifeste em determinado paciente, mediante diversos históricos de dados clínicos de outros pacientes no banco de dados.
Portanto, o foco da Prevenção 4.0 é fazer todo o possível para que as doenças nem mesmo cheguem a se instalar no corpo do indivíduo. Visto que a prevenção sempre será melhor que o tratamento, seja no quesito financeiro, mas principalmente no bem estar e qualidade de vida da população.
E o que o MilSênior está fazendo a esse respeito?
Em parceria com a MedSênior, lançamos o Programa de Inovação Aberta Simbiose Mil com o intuito de atrair empresas de base tecnológica, empreendedores, institutos de ciência e tecnologia, com o intuito de prospectar e desenvolver novas soluções e projetos inovadores visando a melhoria e transformação dos cuidados de saúde dos idosos.
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