Atualmente, o uso da internet pela população é crescente, cada vez mais as pessoas estão inseridas nas redes sociais e serviços e produtos são oferecidos no meio digital, tendência essa anterior à pandemia do novo Coronavírus. Esse aumento também é realidade entre o público idoso, entre 2018 e 2021, a porcentagem de pessoas da terceira idade que acessam a internet saiu de 68% para 97%, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Esse acesso está relacionado à busca por notícias (64%), manter contato com a família (61%) e procurar informações sobre produtos e serviços (54%).

Esse crescimento da população idosa no meio digital também está relacionado à pandemia da Covid-19, pois foi uma solução diante do isolamento social e afastamento familiar, o que resultou no disparo da inclusão digital do idoso durante o período. Mas apesar de grande parte dessa população acessar a internet, ainda existem grandes dificuldades na utilização de um aparelho celular ou computador, por não saber manuseá-los corretamente, o que reduz uma melhor experiência com as funcionalidades provenientes da conexão com a internet.

E esse público requer atenção, uma vez que houve um crescimento no número de idosos no país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o número de idosos no Brasil chegou a 32,9 milhões, e a quantidade de pessoas com mais de 60 anos já é superior ao de crianças com até 9 anos de idade. Isso é resultado do desaceleramento do ritmo de crescimento e inversão da pirâmide etária. Em 2016, o Brasil tinha a quinta maior população idosa do mundo e, em 2030, o número de idosos deve ultrapassar o de crianças até 14 anos, segundo o Ministério da Saúde.

E cada vez mais as empresas buscam melhorias na entrega de seus produtos e serviços para oferecer uma excelente experiência ao público idoso. É necessário para visualizar o que é experimentado e garantir que eles estejam satisfeitos e fidelizados, por meio de um serviço que eles possam utilizar sem grandes dificuldades.

Na área de healthcare, a consciência em considerar a perspectiva do cliente nos serviços oferecidos tem crescido para oferecer uma jornada do paciente coerente e um tratamento eficiente.  As necessidades e expectativas dos pacientes em relação às organizações de saúde estão mudando. Os pacientes querem ser informados, engajados e conectados a todas as partes interessadas dentro do sistema de saúde para entenderem o processo de tratamento. Eles estão ansiosos para obter mais informações sobre o caminho do tratamento e como podem acelerar esse processo.

Como consequência dessa necessidade, a tecnologia está reformulando essa relação entre pacientes, empresas de healthcare e sistemas de saúde. A adoção da saúde digital pelo consumidor atingiu seu nível máximo em comparação com alguns anos atrás, mais pessoas usam dispositivos de monitoramento da saúde, acessam a telemedicina e ficam on-line para pesquisar informações relacionadas à saúde, principalmente após a pandemia. 

Assim, a tecnologia digital surge como potencial fator de transformação na indústria de medicina e healthcare. Atualmente, há uma tendência de digitalização e automatização dos serviços. Digitalização pode ser entendida como o processo de adaptar ou usar a tecnologia digital em contextos individuais, organizacionais ou sociais. Como uma tendência, a digitalização vai influenciar nos papéis e responsabilidades de cada stakeholder na indústria. Dentro desse processo, algumas oportunidades são identificáveis.

  1. Acesso em tempo real a dados compartilhados

Durante a jornada de tratamento, pacientes precisam visitar diferentes profissionais. A digitalização pode trazer soluções para simplificação e coordenação dos dados relacionados ao cuidado da saúde por meio da compilação de um registro médico, resultando numa coleção de dados precisos e automatizados, reduzindo o risco de duplicação ou negligência.

  1. Telemedicina

O acesso a infraestrutura de cuidado à saúde e a tratamentos eficientes não é homogêneo a todas as pessoas. Com a utilização de tecnologias de tratamento remoto, torna-se possível esse acesso ao cuidado médico. Além disso, o seu uso efetivo pode reduzir o número de consultas presenciais desnecessárias.

  1. Experiência do paciente

A conectividade do sistema de healthcare via aparelhos conectados enfatiza os pacientes e suas necessidades. Assim, eles podem ter o controle para monitorar a sua própria saúde, além de se comunicar sempre que necessário com médicos e provedores de saúde.

Um exemplo de solução que buscou digitalizar a jornada do paciente foi a apresentada pela Ondoctor, que fornece um serviço de atendimento on-line com diferentes profissionais da saúde, como clínicos gerais, psicólogos, nutricionistas e outros especialistas. Outro exemplo é a Doc24, que fornece além de serviços de telemedicina, a medição da frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial, nível de estresse, através do uso de inteligência artificial, em um celular, computador ou tablet, mediante o uso da tecnologia de imagens ópticas transdérmicas

Serviços como o de telemedicina tiveram o seu uso intensificado durante a pandemia do novo Coronavírus. Uma análise da empresa de consultoria McKinsey & Company, o uso de telessaúde cresceu 38 vezes se comparado ao período anterior à pandemia. Em entrevista realizada pela Pixeon com cerca de 2 mil profissionais de saúde, em média 25% afirmaram se sentir confortáveis em atender por meio da modalidade de teleconsulta. 

Diante desse cenário de crescimento do uso de tecnologias digitais, novas oportunidades despontaram e necessidades precisam ser supridas.  Embora grandes avanços tenham surgido nos últimos anos com relação à digitalização, ainda existem desafios para integrar a tecnologia digital no sistema de healthcare. Um deles é a digitalização da jornada do idoso, de forma a garantir um melhor atendimento e acompanhamento desse público crescente. Avanços estão sendo feitos em várias dimensões e a tecnologia pode ser usada para melhorar a vida dos idosos, por meio de melhores diagnósticos, medicação e reabilitação; e opções de monitoramento e acompanhamento do paciente.

Neste sentido, em parceria com a MedSênior, lançamos o Programa de Inovação Aberta Simbiose Mil, que possui como um de seus objetivos a busca por soluções para Digitalização da jornada do idoso, além de Prevenção 4.0 e Tecnologias e dispositivos médicos. A área foca na adoção de tecnologias que contribuem para a prevenção, bem-estar e longevidade dos pacientes idosos, e não apenas em tratar doenças. Essa é a verdadeira transformação ou revolução na saúde que o MilSênior propõe

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