A tecnologia na saúde tem sido uma grande tendência. Os atendimentos via telemedicina já fazem parte de nossa rotina. Entretanto, já imaginou uma triagem hospitalar feita por uma robô? Pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto Laura Fressatto desenvolveram um sistema de inteligência artificial capaz de fazer a triagem de pacientes para aliviar o sistema de saúde.
Continue a leitura e confira no conteúdo como a tecnologia pode ajudar a desafogar o sistema de saúde.
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A saúde no Brasil
Um levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que mais da metade dos médicos em atividade no Brasil estão localizados na região Sudeste, mais precisamente, 53,2% dos profissionais. O número demonstra uma realidade de desigualdade, haja vista que as regiões Norte e Nordeste contam com cerca de uma média de 1,30 e 1,69 médicos a cada mil habitantes. Os números estão 40% abaixo da média nacional.
Outro indicador que demonstra a desigualdade do acesso à saúde no Brasil, este agora apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é que cerca de 150 milhões de brasileiros não possuem plano de saúde. O dado equivale a 71,5% da população. Isso significa que mais da metade da população depende do sistema público de saúde.
Triagem hospitalar feita por robô
A robô Laura Care, desenvolvida em parceria da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto Laura Fressatto, possui um algoritmo capaz de detectar e classificar a gravidade da covid-19 em pacientes mesmo a distância. Ao informar os sintomas ao sistema de inteligência artificial, a ferramenta disponibiliza as informações para um profissional de saúde e promove uma ação de acordo com o grau da doença. Em pessoas com sintomas leves, a interação permanece com a robô, com atualizações e acompanhamento a cada três dias. Em caso de piora dos sintomas, o paciente é encaminhado para o serviço de teleatendimento com um profissional de saúde e as medidas apropriadas são tomadas.
O atendimento à distância feito com a inteligência artificial é uma solução para a triagem de pacientes e acompanhamento dos sintomas da covid-19, além de contribuir para que o atendimento ocorra de maneira coordenada e não sobrecarregue hospitais e unidades de pronto atendimento.
Os impactos da tecnologia no sistema de saúde
Segundo dados dos desenvolvedores do sistema Laura Care, a solução tecnológica proporcionou uma economia anual de R$5,5 milhões, reduziu em 25% a taxa de mortalidade geral e diminuiu em 10% o tempo médio de internação de pacientes.
Tecnologia que contribui com a saúde
Sistemas de inteligência artificial podem ser aliados à saúde na busca por melhores soluções em prol das pessoas. A telemedicina já proporciona que profissionais atendam pacientes em locais remotos, o que pode contribuir para a falta de profissionais. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital revelam que, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados, por mais de 52,2 mil médicos, via telemedicina no Brasil. Desse número, cerca de 1% desses atendimentos foram essenciais para evitar o agravamento da situação, o que resultou em 7,5 mil vidas salvas por conta do atendimento proporcionado pela tecnologia.
Health tech na prática
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Fonte: Instituto Laura Fressatto
Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital